22 de outubro de 2013

Minhas histórias com o brigadeiro

Sempre fui uma apaixonada por chocolate. Isso desde a primeira vez que alguém (obrigada mãe <3) me ofereceu algum tipo de chocolate. Foi amor à primeira vista, à primeira mordida, à primeira fungada (porque cheiro de chocolate também me encanta), enfim, nunca mais fui a mesma.

Até algum tempo atrás minha paixão era trufa. Infelizmente tenho a péssima mania de preferir a comodidade à qualquer coisa. E como meu pai sempre trazia trufas do serviço, e esse é um doce bem fácil de encontrar por aí, ele era meu preferido. Eu fazia de tudo por uma trufa - desde implorar dinheiro emprestado aos amigos mais mão de vaca à fazer pequenas dívidas com quem vendia o doce - e se alguém quisesse me agradar, trufa era a resposta certa. Se fosse caseira então, eu até casava!

Brigadeiro? Não ligava muito. De vez em quando minha mãe fazia, e eu amava, mas não fazia muita questão. Colocaram na minha cabeça que brigadeiro era uma coisa muito complicada e perigosa (hahahaha sim, perigosa!), e que ir ali na esquina comprar uma trufa era mil vezes mais seguro. Lugar de Pietra não era na cozinha, mexendo com fogo... E eu, como uma filha obediente, concordava sem questionar haha.


Até o dia que me dei conta que brigadeiro era a coisa mais fácil do mundo. Todas as minhas amigas, nos dias de falta de chocolate em casa, apelavam para o velho brigadeiro. "O que há de errado com essas mães que deixam as filhas fazerem brigadeiro?" eu me perguntava. Mas à medida que fui percebendo que todas a mães concordavam que brigadeiro era a forma mais fácil de satisfazer a loucura por chocolate de suas filhinhas, entendi que o "perigo" estava apenas na minha cabeça e na da minha mãe.

Foi um processo lento, mas finalmente chegou o dia em que minha mãe me deixou fazer brigadeiro sozinha. Pensem na cena: eu, em meus plenos 15 anos, implorando para fazer brigadeiro. Mas a primeira vez que fiz brigadeiro realmente sozinha foi um desastre: falei pra minha tia que sabia fazer e ela acreditou (porque uma menina de 15 anos normalmente sabe fazer brigadeiro). Então fui feliz fazer meu brigadeiro com base no que eu achei no Google. E quando minha mãe soube, fez questão de espalhar pra família inteira minha falta de conhecimento no quesito cozinha. Por isso fiquei um bom tempo sem saber o que era um brigadeiro.

Desses tempos pra cá, fui fazendo e fazendo até pegar o jeito. E hoje costumo fazer brigadeiro sempre que posso - umas duas vezes por semana. A senhora minha mãe hoje me pede pra fazer brigadeiro. Em modesta parte, de tanto errar agora meu brigadeiro é ótimo! Nem preciso dizer que esse é meu novo doce preferido, né?

Brigadeiro é algo tão simples e tão bom que acabo achando que traduz todas as coisas boas da vida. São simples, porém especiais. E únicas, afinal até hoje nenhum brigadeiro meu saiu igual ao outro!

Um comentário:

Brenda disse...

Oi, perguntei se você queria parceria la na página de parcerias e até agora não me respondeu. Ver se me responde logo flor (risos)

pequena-priincesa.blogspot.com