9 de dezembro de 2012

Eu estava pronta!


Oi gente! Esse é um texto que eu fiz contando como foi minha primeira maratona. Eu corri aquela corrida para mulheres que o Mcdonald's realiza todo ano em várias capitais do mundo - Mc 5 km - e foi uma experiência muito divertida! Tão divertida que resolvi transformá-la em texto. Espero que tenham paciência para ler, era pra ser um texto médio, mas ficou exageradamente grande, por isso o dividi em duas partes. Essa é a primeira! Eu reli esse texto antes de postar e confesso: está meio chato! Só não o descartei de vez porque para entender a segunda parte (que pra mim é a legal), é preciso ter lido a primeira. Fazer o que...

  Bem ao fundo, ouvia a voz de minha mãe dizendo: "Filha, acorde! Você vai se atrasar!". Abri um pouco os olhos e percebi que ainda estava tudo escuro. "Essa mulher não dorme?" - perguntei para mim mesma em silêncio, sabendo que se dissesse uma palavra daquela frase, estaria morta. Eu ainda tinha muito tempo, precisava sair de casa as seis da manhã...
  Dormi de novo. Acordei com o som da voz de minha mãe novamente, dessa vez ela falava ao telefone. "Ela estava muito ansiosa. Sim, eu já a chamei, mas não adianta. Foi dormir as três da madrugada, acredita? É teimosa, ainda mais com sono". Dei um pulo da cama e me vi no chão, correndo com os pés embaralhados pelo corredor. Estava sem meus óculos. E o relógio estava longe de mais, longe o bastante para que a miopia me impedisse de enxergá-lo.
"Meu Deus, que horas são?", perguntei quase gritando enquanto minha mãe falava no telefone calmamente, ignorando meu desespero. "Não pode ser, não posso ter perdido a corrida!", eu gritava em minha mente à procura de um relógio que pudesse se aproximar o mais rápido de meus olhos. Liguei a tv e eram seis horas. SEIS HORAS!
  Dez minutos depois lá estava eu arrumadíssima para sair, comendo um pão amanhecido com bastante manteiga e retorcendo meu rosto, tentando pensar nos efeitos positivos que o carboidrato pode causar.
"Coma uma banana!", ordenava minha mãe em busca da minha bombinha para bronquite. E após ouvir um discurso sobre os benefícios de se comer uma banana antes e após as refeições (sim, é verdade!) e se ter minha bolsa e meu agasalho (sim, eu tive que levar o agasalho), eu estava pronta.
  Meu pai dirigia sonolento, xingando e criticando todo o tipo de gente que cruzava o nosso caminho. Isso mudou assim que minhas amigas entraram no carro para pegar carona conosco até o metrô.
  Já no metrô, ríamos do fato de uma delas ter se esquecido que o horário de verão havia começado naquele mesmo dia e ter acordado uma hora atrasada, assim como eu. Porém, por motivos distintos. Uma delas me entregara um papel para pregar à minha blusa com o nome "Carmem".

- Carmem? Mas meu nome não é Carmem, Carmem é sua mãe! - eu dizia tentando não rir daquela situação ridícula no meio do metrô.

- Acha que eu não sei o nome da minha mãe, bobinha? Ela não pôde vir e como você está sem kit, pensei que podia usá-lo... Assim você vai ter todas a vantagens de uma competidora, menos a camisa. - disse minha amiga estendendo o papel com o maior sorriso no rosto

- Ah, sim, obrigada. - peguei o papel e já comecei à prende-lo em minha blusa - Nem precisava, obrigado mesmo. Quem mandar ter menos de dezesseis, né? Agora me chamo Carmem

O metrô parecia deserto, e ao descer na estação me espantei ao ver a quantidade de mulheres usando o uniforme rosa da maratona. O centro de São Paulo parecia ter sido tomado por alguma passeata feminista. Só faltavam queimar os sutiãs.
  Após uma pequena caminhada, eu e minha amiga doente nos distraíamos com os detalhes do centro da cidade, enquanto as outras nos guiavam em meio à multidão de corredoras. "Bem-vinda à maratona", disse baixinho para ninguém em especial.
  Depois de pegarmos nossos chips, guardarmos nossas bolsas (e meu agasalho), lá estávamos nós sete no meio de uma multidão de mulheres de todos os tipos, algumas delas até mesmo passando batom, outras conversando. Uma música eletrônica de estrondar os ouvidos tocava e um narrador implorava por atenção, dando gritinhos e acompanhando o ritmo da música freneticamente. Uma mulher empurrando outra em uma cadeira de rodas passou por mim e me fez sentir que todo o tipo de mulher estava ali. Todas nós, unidas por um motivo: levar uma vida mais saudável.
  E então, a largada!

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